domingo, 8 de agosto de 2010

A lenda do monge e do escorpião


Mestre e discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O mestre correu pela margem do rio, meteu-se n’água e tomou o bichinho pela mão. Quando trazia para fora , ele o picou e, com a dor, o bom homem o deixou cair novamente no rio. Foi, então, à margem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou.


Voltou o mestre e juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

- Mestre! Deve estar doendo muito!

- Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos!

- Veja como ele respondeu: picou a mão que o salvara! Merecia sua compaixão?

O mestre ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:

- Ele agiu conforme a sua natureza e eu, conforme a minha.



Esta famosa parábola, da tradição hindu, ajuda-nos a melhor compreender e aceitar os demais em nossos relacionamentos. Não podemos e nem temos o direito de mudar os outros, mas podemos melhorar nossas reações, sabendo que cada um dá o que pode e o que tem. Isto nos poupa de muito aborrecimento, por que podemos cumprir nosso dever de consciência, sem condicionar o modo como os demais recebem e retribuem a nossa ajuda.

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Djulian Ribeiro